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Poesias iniciais
A roupa que me despe
Decido que hoje eu acordo o teu dia!
Não te trago as notícias dos amores
que moram na gruta do teu peito.
Nem a surpresa de respostas jovens,
escondidas em velhas estradas.
Te entrego a memória do cheiro antigo de pão quentinho,
que lembra um dia começando.
Cheio de perguntas!
–
Um poema liberta as ideias da mente aprisionada.
No cativeiro das imagens, espelhos interrogam
e me descubro cristalina.
Minha alma de água, nudez e ventania
recolhe a poesia:
a roupa que me despe.
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