PARA MINHA AVÓ
LUCIANA KONRADT
Chegaremos, um a um, com cadeiras na mão, com pratos e talheres.
Chegaremos, um a um, com roupas coloridas; trazendo compotas e pudins.
Chegaremos com algazarra, tagarelando e cochichando.
Chegaremos, em bandos e sem convite.
E, sentaremos, todos, à sombra da macieira, em lauto banquete.
E a casa da vó voltará a ser plena e pulsante.
E, quando, nutridos e exaustos de afeto, voltarmos, a cidade será, enfim, um lugar sem medo e sem solidão!